sábado, 17 de maio de 2014

Política X Futebol

POLÍTICA X FUTEBOL


                                                 Se eu estiver errado, corrijam-me, por favor. O fato é que eu nunca soube de uma Copa do Mundo de Futebol "Association"( FIFA é -ou era - a abreviação, em Português, de " Federação Internacional de Futebol Association)  que tenha se realizado em ano de eleição de Presidente da República, em qualquer país do mundo !  Daí, fico me peguntando se as autoridades brasileiras que decidiram colocar o Brasil entre os candidatos a sediar a Copa de 2014, se lembraram que neste ano teríamos eleições presidenciais ! Querem saber ? Pois fico inclinado, muito  inclinado, a responder negativamente, isto é, que não, que eles não se lembraram que neste ano da graça de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2014, teríamos eleições para o Planalto ! E o que tem uma coisa com a outra ? 
                                                  Ora, não é preciso ser vidente para responder essa pergunta. É que a organização de uma eleição presidencial demanda uma logística apurada, sem falar nos custos altíssimos envolvidos. É bem verdade que a nossa Justiça Eleitoral, ora sob a batuta do douto Ministro Dias Toffoli, já detêm um "know how" bastante apurado, tendo como carro chefe a urna eletrônica, que, apesar do ceticismo de alguns, vem garantindo a lisura das eleições. Sob este aspecto, tanto faria se a Copa fosse ou não realizada no Brasil. A Justiça Eleitoral saberia responder ao chamado cívico. Então, qual o problema ? Simples: é que as partes em duelo, ou seja, os Partidos Políticos que irão disputar o Planalto e seus cabos eleitorais já começaram a misturar política com futebol. Os marqueteiros de ambos os lados procuram, de forma subliminar, uns a exaltar a nossa seleção, vendendo a imagem do " já ganhou ". Claro que emplacar o hexa campeonato mundial de futebol alavancaria muitíssimo a candidatura oficial.  Alguns  chegam a afirmar que a reeleição da "Presidenta" no 1º Turno seria favas contadas se isso ocorresse. Outros afirmam, baseados no sentimento pessoal do torcedor-eleitor, que caso a nossa  Seleção fracasse, Dilma estaria perdida ! Como na guerra e na política o que importa é a vitória, já foi identificado em uma porção nada desprezível do torcedor- oposicionista a iniciativa de, senão torcer contra a nossa seleção, pelo menos dar uma "secada" no nosso time. 
                                                   
                                              Em 1950, como se sabe, o Uruguai nos tirou o doce da boca em pleno Maracanã, ao vencer a final por 2 X 1. A nossa Seleção era um timaço, tinha Ademir e Zizinho, e jogava pelo empate para ficar com o "caneco". O Brasil começou ganhando de 1 X 0, mas cedeu o empate e, para o desespero de quase 200 mil pessoas, que assistiam incrédulas ao desastre,  acabou perdendo o jogo com gol de Ghiggia para o Uruguai. Barbosa, goleiro da Seleção e do Vasco, nada pôde fazer, e a bola passou entre o seu corpo e a trave esquerda, morrendo no fundo das redes...

                                                      A Imprensa alardeou o triste episódio








Eu era criança e não tinha compreensão do que ocorria. Mas todos que leram a respeito sabem da comoção nacional que a perda da Copa provocou naquela geração de torcedores, e no povo brasileiro em geral. Hoje, já maduro, não quero ter que passar pela mesma situação. Seria um desgosto que eu levaria para o túmulo... Portanto, com eleição presidencial ou sem ela, vou torcer para os nossos "canarinhos", e vou votar  no candidato que me parecer o melhor, sem misturar alhos com bugalhos, isto é, política e futebol. Da próxima vez, espero que os nossos governantes tenham mais juízo ao agendar compromissos internacionais....
                                                     

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